Na hora de resolver conflitos na Justiça, muita gente se confunde sobre quando um caso é considerado cível ou criminal. Mas, como destaca o Dr. Bruno Rodrigues Quintas, apesar de ambos fazerem parte do sistema jurídico, eles têm objetivos, regras e consequências bastante diferentes. Logo, diferenciar esses dois tipos de processos é importante para entender seus direitos e deveres diante da lei.
Pensando nisso, a seguir, vamos explicar de forma clara como funcionam os processos cíveis e criminais, quais são suas principais diferenças e quando cada um se aplica.
O que é um processo cível e em que casos ele se aplica?
O processo cível é utilizado para resolver conflitos entre pessoas ou empresas que envolvam direitos e obrigações de ordem particular. Segundo o advogado Bruno Rodrigues Quintas, ele trata de temas como dívidas, contratos, divórcios, heranças, disputas por bens, danos morais e indenizações. Portanto, nesses casos, o objetivo principal é garantir que os direitos de uma das partes sejam reconhecidos ou reparados por meio de uma decisão judicial.
Em geral, o processo cível não envolve punições como prisão, e sim compensações financeiras ou o cumprimento de certas obrigações. Quem entra com esse tipo de ação é chamado de autor, enquanto quem responde é o réu. O juiz analisa as provas e decide com base na legislação civil. Assim sendo, tudo gira em torno da reparação de danos e da solução de conflitos do dia a dia entre indivíduos.
Quando um processo é considerado criminal?
Já o processo criminal ocorre quando há a prática de um crime, ou seja, uma conduta considerada ilegal e ofensiva à sociedade como um todo, conforme frisa o Dr. Bruno Rodrigues Quintas. Portanto, casos como roubo, homicídio, agressão, tráfico de drogas e estelionato são tratados nesse ramo da Justiça. Aqui, o objetivo é punir quem cometeu o delito e proteger a ordem pública.

Aliás, de acordo com o advogado Bruno Rodrigues Quintas, diferente do processo cível, no criminal é o Estado que move a ação contra o acusado, chamado de réu. Isto posto, a pena pode envolver prisão, multa ou medidas restritivas de direitos, dependendo da gravidade do crime. A investigação é feita pela polícia, e o Ministério Público atua como acusador. Por fim, a defesa é garantida, e todo o processo busca equilibrar justiça com os direitos fundamentais do réu.
As principais diferenças entre processo cível e criminal
Para entender melhor essas diferenças, veja abaixo uma lista com os principais pontos que distinguem esses dois tipos de processo:
- Natureza da ação: o processo cível lida com interesses particulares; o criminal, com interesse público.
- Quem move a ação: no cível, qualquer pessoa pode entrar com o processo; no criminal, geralmente o Ministério Público é quem acusa.
- Objetivo da ação: o cível busca reparação de danos; o criminal busca punição.
- Consequências: o cível pode levar a indenizações ou obrigações civis; o criminal pode resultar em prisão ou multa penal.
- Provas e julgamento: ambos exigem provas, mas o criminal tem regras mais rigorosas por envolver liberdade.
- Prescrição e prazos: os prazos costumam ser diferentes, com variações conforme o tipo de crime ou questão cível envolvida.
Essas diferenças mostram como cada tipo de processo tem uma função específica dentro da Justiça. Saber disso ajuda a agir corretamente diante de um problema legal.
Saber diferenciar ajuda a agir corretamente
Em suma, entender a diferença entre processo cível e criminal é essencial para lidar com questões legais de forma eficiente. Pois, cada tipo de processo tem sua função e seu modo de atuação, e saber qual se aplica a cada caso pode evitar dores de cabeça e garantir uma solução mais rápida e adequada. Até porque, seja para resolver um conflito pessoal ou para lidar com uma acusação, conhecer seus direitos e deveres dentro da lei é sempre uma vantagem.
Autor: Gigle Catabriga