Em um cenário cada vez mais conectado, as ameaças digitais representam um risco crescente para instituições públicas. Para José Henrique Gomes Xavier, especialista em gestão e inovação no setor público, ignorar a cibersegurança pode comprometer não somente sistemas governamentais, mas também a confiança da população. A crescente digitalização de serviços exige medidas eficazes para garantir a integridade, a confidencialidade e a disponibilidade das informações públicas.
Neste artigo, exploramos por que o setor público precisa priorizar a cibersegurança e como a proteção contra ameaças digitais pode fortalecer a gestão pública.
Por que a cibersegurança é vital no setor público?
A cibersegurança no setor público é essencial porque as instituições governamentais lidam diariamente com dados sensíveis de cidadãos e organizações. Informações sobre saúde, segurança, finanças e identidade circulam em plataformas digitais e, por isso, precisam ser protegidas contra acessos não autorizados e ataques cibernéticos.
De acordo com José Henrique Gomes Xavier, a digitalização de processos sem o devido investimento em segurança aumenta a vulnerabilidade do Estado. Um simples ataque ransomware pode paralisar serviços essenciais, como hospitais e delegacias, além de gerar prejuízos financeiros significativos.
Quais são os principais tipos de ameaças digitais ao setor público?
As ameaças digitais evoluem rapidamente, e o setor público se tornou um alvo atraente para cibercriminosos. Os principais riscos incluem:
- Phishing: e-mails falsos que induzem servidores públicos a fornecer informações sigilosas.
- Ransomware: sequestro de sistemas com exigência de resgate financeiro.
- Ataques DDoS: sobrecarregam os servidores, tornando sistemas públicos indisponíveis.
- Vazamento de dados: exposição de informações sensíveis de cidadãos.

Conforme alerta José Henrique Gomes Xavier, o impacto dessas ameaças vai além dos sistemas. A exposição de dados compromete a imagem institucional e pode afetar decisões políticas e administrativas.
Como a falta de investimento em cibersegurança afeta os serviços públicos?
A ausência de políticas de cibersegurança eficazes leva à descontinuidade de serviços, perda de dados e falta de confiança da população. Quando um sistema de saúde ou de educação é invadido, os cidadãos são diretamente prejudicados. Além disso, os custos para mitigar um incidente após sua ocorrência são muito maiores do que o investimento preventivo. Segundo José Henrique Gomes Xavier, muitas gestões públicas ainda tratam a segurança digital como um gasto, e não como um investimento estratégico.
Esse pensamento impede avanços estruturais e torna o Estado mais vulnerável frente às novas tecnologias. Para enfrentar as ameaças digitais, o setor público precisa adotar um conjunto de boas práticas de cibersegurança. Entre as principais recomendações estão:
- Treinamento constante de servidores sobre riscos cibernéticos.
- Criação de protocolos de resposta a incidentes bem definidos.
- Atualização frequente de softwares e sistemas operacionais.
- Utilização de autenticação multifator e criptografia.
- Contratação de equipes especializadas em segurança da informação.
É fundamental que essas ações estejam previstas em planos estratégicos e políticas públicas de inovação. Somente assim será possível garantir resiliência e continuidade dos serviços governamentais. A governança em cibersegurança envolve lideranças comprometidas, definição clara de responsabilidades e monitoramento contínuo de riscos. A criação de comitês de segurança da informação, por exemplo, fortalece a tomada de decisão baseada em dados e evidências.
Além disso, a governança promove a integração entre órgãos e facilita a troca de informações sobre incidentes e ameaças. Conforme destaca José Henrique Gomes Xavier, a gestão integrada é um diferencial competitivo para administrações públicas que desejam ser eficientes, transparentes e seguras. Por fim, diante de um cenário de ameaças digitais crescentes, é inegociável que o setor público reforce sua cibersegurança. Proteger os dados dos cidadãos, garantir a continuidade dos serviços e preservar a credibilidade das instituições deve ser prioridade de qualquer governo.
Autor: Gigle Catabriga