De acordo com a Dra. Thaline Neves, a medicina fetal tem se consolidado como uma área essencial para garantir diagnósticos precoces e cuidados especializados ainda durante a gestação. Isto posto, a atenção dedicada às doenças cardíacas de bebês pode mudar de forma significativa o desfecho da gestação e os cuidados após o nascimento.
Pois, por meio de exames específicos e abordagens modernas, é possível identificar alterações cardíacas antes do parto e planejar intervenções que oferecem melhores perspectivas de vida. Interessado em saber mais? Continue a leitura e descubra como a medicina fetal atua nesses casos.
Qual é o papel da medicina fetal no diagnóstico das doenças cardíacas?
A medicina fetal utiliza recursos avançados para avaliar a saúde do bebê durante a gestação. No caso das doenças cardíacas, o ecocardiograma fetal é considerado o principal método para identificar malformações ou disfunções ainda no útero. Segundo Thaline Neves, o exame deve ser indicado em situações de risco, como histórico familiar de cardiopatias ou alterações observadas em ultrassonografias de rotina.

Esse diagnóstico precoce é fundamental, pois permite compreender a gravidade do problema e avaliar se o bebê pode precisar de acompanhamento especial após o nascimento. Além disso, possibilita que a família receba orientações médicas adequadas e se prepare para os cuidados necessários, como pontua a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves.
Como o ecocardiograma fetal contribui para o acompanhamento da gestação?
O ecocardiograma fetal é um exame não invasivo que utiliza ondas de ultrassom para avaliar em detalhes a anatomia e a função do coração do bebê. Conforme destaca a Dra. Thaline Neves, esse recurso é capaz de identificar arritmias, defeitos nas válvulas cardíacas, má formação das câmaras e problemas de fluxo sanguíneo.
Logo, a partir dessas informações, a equipe médica pode definir estratégias mais seguras para a condução da gestação. Aliás, em alguns casos, a programação do parto em centros especializados é necessária, garantindo que o recém-nascido receba tratamento imediato após o nascimento. No final, esse cuidado aumenta as chances de estabilização clínica e melhora a qualidade de vida da criança.
Quais doenças cardíacas podem ser detectadas pela medicina fetal?
A identificação das doenças cardíacas durante a gestação oferece diversas possibilidades de planejamento. Entre as condições mais frequentemente diagnosticadas, destacam-se:
- Comunicação interventricular e interatrial
- Tetralogia de Fallot
- Transposição das grandes artérias
- Estenoses valvares
- Arritmias cardíacas
Esses diagnósticos, quando feitos precocemente, permitem uma preparação adequada da equipe médica e da família. De acordo com Thaline Neves, o reconhecimento dessas doenças ainda no período intrauterino é um diferencial que garante mais segurança no tratamento e acompanhamento.
É possível corrigir doenças cardíacas antes ou após o nascimento?
Em alguns casos, a medicina fetal permite intervenções ainda durante a gestação. Procedimentos intrauterinos, como dilatação de válvulas estreitadas, são alternativas que podem melhorar a circulação sanguínea e reduzir riscos para o bebê. Embora sejam procedimentos de alta complexidade, representam um avanço significativo no tratamento de doenças cardíacas.
Tendo isso em vista, quando não há possibilidade de correção intrauterina, a preparação para o parto em ambiente especializado é essencial. Segundo a Dra. Thaline Neves, essa estratégia possibilita que o recém-nascido seja imediatamente encaminhado para procedimentos cirúrgicos ou tratamentos clínicos adequados. Assim, o tempo entre o nascimento e a intervenção é reduzido, o que aumenta a segurança e as chances de sucesso.
Medicina fetal como uma aliada vital no cuidado com a saúde cardíaca dos bebês
Em conclusão, a medicina fetal desempenha um papel estratégico no diagnóstico e no acompanhamento das doenças cardíacas do bebê. O ecocardiograma fetal, como principal recurso, possibilita identificar alterações ainda na gestação, permitindo a correção intrauterina em alguns casos ou a preparação para intervenções logo após o nascimento.
Esse cuidado multiprofissional contribui para reduzir riscos, preservar a vida e proporcionar melhores condições de saúde para o recém-nascido. Assim, a medicina fetal se consolida como uma aliada indispensável para oferecer um futuro mais saudável às crianças desde o início da vida.
Autor: Gigle Catabriga